Skaf, o ‘imperador’ da Fiesp, virou suco

bailey aschimdt
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No próximo dia 27, o empresário Paulo Skaf encerra um ciclo de 17 anos no comando da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Quando chegou à presidência, em 2004, era um bem-sucedido herdeiro de uma pequena indústria têxtil. Vai partir como um sindicalista empresarial moído nas relações com o governo — todos do período.

Skaf assumiu, voluntariamente, a operação de um manifesto empresarial que unia indústria, comércio, agronegócio e finanças em defesa da Constituição e do regime democrático, alvos de ataques constantes.

Se atropelou ao tentar intermediação com o governo — “sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto”, registrou a Febraban, ontem.

Skaf surpreendeu empresários porque operou com uma agenda pessoal, eleitoral, no papel de “negociador” para o qual não havia sido eleito. Ele jogava com a promessa de apoio governamental à sua candidatura em 2022 ao governo de São Paulo.

O fiasco é um desfecho melancólico para um sindicalista que atravessou 17 anos num samba-exaltação do seu império na Avenida Paulista. O ”imperador” da Fiesp virou suco.

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