Rachadinha ou morte?

bailey aschimdt
bailey aschimdt

Neste 7 de setembro assistimos, com um certo alívio, que o genial Nelson Rodrigues, grande nome da dramaturgia brasileira, errou em uma de suas frases mais festejadas.

Nelson disse, por volta da segunda metade dos anos 60, que “a maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade.”

Assistindo às manifestações desse 7 de setembro (barulhentas, mas aquém do esperado), pudemos observar que os idiotas de fato são muitos, mas, felizmente, estão longe de formarem a maioria, pelo menos no Brasil.

A bem da verdade, em um país de 210 milhões de pessoas, quaisquer 5% enchem ruas e praças das nossas principais capitais.

Afinal, só quem vive em uma delirante realidade paralela pode enxergar um “presidente anti-sistema” no atual inquilino do Planalto: um político que se dedicou, e iniciou seus próprios filhos em rachadinhas sem fim, que não apresentou projetos relevantes em 27 anos de atividade parlamentar, que votou contra o Plano Real, que desintegrou a Lava Jato e desmontou o enfrentamento à corrupção, e que trouxe o Centrão para o coração de seu próprio governo.

Enfim, amanhã será outro dia, e já se inicia, a partir desse 7 de setembro de 2021, a contagem regressiva para o fim de um pesadelo chamado Jair Bolsonaro.

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