Ministro do TSE suspende monetização de bolsonaristas na rede social Gettr

bailey aschimdt
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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Luis Felipe Salomão determinou na noite desta terça-feira, 7, a suspensão dos repasses de recursos feitos pela rede social Gettr a blogueiros e influenciadores bolsonaristas investigados no inquérito das fake news, aberto pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Atendendo a um pedido da Polícia Federal, a medida afeta perfis que “publicam ameaças à democracia brasileira e são investigados em inquérito que tramita no TSE”, entre eles os de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, segundo o tribunal informou em comunicado. A nota não lista todos os alvos da decisão, mas cita “os blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, que já foram alvo de operações anteriores” e que são conhecidos apoiadores de Jair Bolsonaro.

Salomão comanda no TSE uma outra apuração, sobre as acusações infundadas do presidente Jair Bolsonaro sobre fraudes eleitorais no Brasil, que atinge os mesmos personagens do inquérito das fake news.

A Gettr é uma rede social semelhante ao Twitter criada por ex-assessores de Donald Trump para abrigar principalmente os influenciadores da direita. A plataforma foi desenvolvida depois da remoção dos perfis de Trump no Twitter, Facebook e Instagram como punição por ter incentivado seus seguidores a invadir o Capitólio na tarde em que seria feito o reconhecimento da vitória de Joe Biden sobre o republicano na eleição presidencial americana.

O corregedor Luis Felipe Salomão decidiu também que a rede não deve usar algoritmos que possam sugerir ou indicar outros canais e vídeos que ataquem o sistema de votação brasileiro e a legitimidade das eleições. “Tal proibição não englobará pesquisa ativa de usuários em busca por conteúdo específico com utilização de palavras-chaves”, disse o ministro.

Em agosto, o ministro do TSE mandou que as plataformas YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook suspendessem o repasse de dinheiro oriundo de monetização a perfis e canais investigados por disseminar desinformação sobre as eleições no Brasil. A determinação motivou ataques públicos de Bolsonaro.

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