CPI interroga tenente-coronel sobre suposto pedido de propina em vacinas

bailey aschimdt
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No segundo dia da sua “segunda temporada”, a CPI da Pandemia vai continuar a investir seus esforços na apuração do suposto pedido de propina para a compra de vacinas pelo governo federal, em uma trama que envolveu desde um cabo da PM de Minas Gerais a um reverendo, Amilton Gomes de Paula, ouvido nesta terça-feira.

O personagem que estará sob os holofotes da comissão nesta quarta será o tenente-coronel da reserva do Exército Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde que participou do jantar no dia 25 de fevereiro desse ano que reuniu o ex-diretor de Logística da pasta, Roberto Dias, e Luiz Paulo Dominguetti, o policial que atuava como vendedor  em nome da Davati Medical Supply.

Na ocasião, Dias teria pedido 1 dólar de propina a cada dose de vacina da AstraZeneca vendida pela empresa. O detalhe: não havia imunizantes disponíveis.

Blanco deixou o governo em janeiro e depois passou a atuar como interlocutor de Dominguetti junto ao ministério. Outro representante da Davati, Cristiano Carvalho, afirmou em depoimento à CPI que o PM relatou ter ouvido o pedido de um “comissionamento” para o “grupo” de Blanco, que antes era uma espécie de braço direito de Dias na Diretoria de Logística.

Cristiano, inclusive, apresentou à comissão áudios de WhatsApp que evidenciam a atuação do militar em favor de Dominguetti na negociação com o ministério.

A oitiva desta quarta tende a encerrar o capítulo da Davati na CPI.

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