Cabul: americanos fogem de helicóptero e população cerca aeroporto

bailey aschimdt
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Os Estados Unidos concluíram na noite deste domingo (15) a evacuação da representação diplomática na capital do Afeganistão, Cabul. A bandeira americana na embaixada também já foi retirada no domingo, marcando a etapa final na evacuação do complexo diplomático.

No mesmo dia, o grupo fundamentalista Talibã adentrou a cidade, tomando de assalto o Palácio Presidencial. Já o presidente afegão, Ashraf Ghani, fugiu do país rumo ao Uzbequistão.

A evacuação da embaixada acontece dias antes do planejado, numa demonstração que os Estados Unidos foram surpreendidos com o avanço do Talibã. Segundo a rede de TV CNN, a previsão inicial era retirar os funcionários da embaixada nas próximas 72 horas.

A tomada de Cabul pelo Talibã, porém, alterou os planos. Com a ajuda de helicópteros militares, o corpo diplomático deixou o complexo às pressas, enquanto combatentes adentravam a capital. 

Altos funcionários do governo afegão também fugiram do país e tiros foram ouvidos no aeroporto da capital. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram cenas de pânico no terminal aéreo (assista abaixo). 

Em meio à crise, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, aprovou o envio de mais 1.000 soldados americanos ao Afeganistão. Com o reforço, o total de militares americanos no país chegará a 6.000 soldados. 

As tropas adicionais vêm do grupo da 82ª Aerotransportada que se dirigia ao Kuwait e estão sendo enviadas como resultado da deterioração da situação de segurança.

A principal missão desse contingente será a segurança do aeroporto internacional de Cabul, que é a porta de entrada das tropas e a porta de saída do pessoal da embaixada dos EUA e dos afegãos que estão deixando o país.

“Não estamos presumindo que cada centímetro do aeroporto estará protegido”, afirmou um oficial, observando relatos de civis afegãos correndo para o terminal aéreo. 

O Talibã governo o Afeganistão entre 1996 e 2001, quando os Estados Unidos invadiram o país.

Aeroporto de Cabul, no Afeganistão: civis tentam desesperadamente deixar o paísReprodução/Reprodução
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