Auxiliar de Castro diz que a gestão iria ‘evoluir’ junto com o tráfico

bailey aschimdt
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A conversa do secretário de Administração Penitenciária do Rio, Raphael Montenegro com o traficante Luiz Claudio Machado, o “Marreta”, que liderava guerras no Rio de Janeiro, mostra como o auxiliar de Cláudio Castro buscava estabelecer uma espécie de pacto com os criminosos da capital para que todos saíssem ganhando.

O secretário queria ter voz influente junto aos criminosos para estabelecer uma espécie de crime organizado mais elegante, com regras e com todos os criminosos respeitando seus espaços, como fica evidente nesse trecho.

Diz Montenegro ao traficante Marreta: “Aí cada um, cada um avalia do jeito …(Ininteligível)…, se é vantagem, se é rentável, a gente está pronto pra guerra, a gente é o Estado, se o Estado não der conta, a gente vai pedir pro Federal, se o Federal não dar conta, a gente vai pedir pro Exército, se o Exército não dar conta, a gente vai pra ONU, se a ONU não der certo a gente vai pedir ajuda na lua! Então assim não tem isso cara, o Estado sempre é maior que a facção. Agora a questão é o seguinte, o que vocês querem? Vocês querem vender tua parada na boa, ter seu lucro e tocar a vida?! Assim, ninguém, ninguém, eu digo, ninguém no mundo consegue impedir isso, o mundo inteiro tem tráfico de droga, o mundo inteiro, agora, porque só no Rio, ou mais, mais expressivamente no Rio é essa merda?! Então, assim, a evolução de vocês vai provocar nossa evolução, o Estado é sempre um Estado reativo, então assim, o papo é esse, agora o que a gente precisa entender é o seguinte pô, o cara voltando, ele vai ser um cara que vai cooperar pra essa mentalidade ou ele é um cara que, pô lá trás foi um cara de guerra, que gosta de guerra, quer cair dentro, quer tomar o morro de A de B e de C”.

 

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