Aprosoja nega convocação de produtores rurais para ‘atos criminosos’

bailey aschimdt
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Às vésperas dos atos contra o Supremo Tribunal Federal e apoio ao governo, programados para o feriado da Independência, o ministro Alexandre de Moraes atendeu à uma solicitação da Procuradoria Geral da República e determinou que a Polícia Federal cumprisse mandado de busca e apreensão na sede da Aprosoja, em Cuiabá, Mato Grosso. A entidade é suspeita de financiar as manifestações, cujas lideranças já ameaçaram invadir o prédio do STF. A entidade, no entanto, nega as acusações.

“Aprosoja-MT e seus dirigentes esclarecem que jamais financiaram, apoiaram, ou convocaram a população para atos criminosos e violentos de protesto, às vésperas do feriado de 07.09.2021, durante uma suposta manifestação e greve de “caminhoneiros”. A entidade preza pelos preceitos legais e constitucionais, e já está disponibilizando toda documentação solicitada, pois é a principal interessada no esclarecimento dos fatos, já que nada tem a esconder da sociedade e principalmente dos seus associados”, afirma por meio de nota.

A decisão de Alexandre de Moraes também determinou o bloqueio de saques das contas bancárias da entidade até a próxima quarta-feira e a identificação de transferências de valores superiores a 10.000 reais que tenham ocorrido após o dia 10 de agosto.

Antonio Galvan, presidente nacional da Aprosoja prestou depoimento à Polícia Federal no dia 23 de agosto e foi escoltado por produtores rurais, que pararam as ruas de Sinop com tratores e máquinas agrícolas. Em entrevista exclusiva à VEJA, concedida na semana passada, ele negou que a entidade tenha financiado ou apoiado o ato institucionalmente. “Sou mão de vaca, meus amigos brincam que tenho um escorpião no bolso”, justificou.

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