A prioridade de Bolsonaro, observada pelas janelas do Supremo

bailey aschimdt
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Observada pelas janelas do Supremo Tribunal Federal, a paisagem do governo Jair Bolsonaro tem visão consensual: há 32 meses a prioridade do presidente da República tem sido a mesma das suas três décadas na política — a proteção da parentela.

A ofensiva de Bolsonaro contra o Supremo nesse período, acham ministros, tem raízes numa peculiar forma de ver — e utilizar — o Estado como abrigo de parentes. Num exemplo, o Ministério Público sintetizou esse antigo vício político em planilha com mais de uma centena de pessoas com parentesco ou relação familiar em transito pelos gabinetes parlamentares do clã Bolsonaro nas últimas três décadas.

A cada avanço de um dos inquéritos em que estão envolvidos os filhos, o presidente amplia a ofensiva. Como no Supremo boa parte desses casos estão na mesa do juiz Alexandre de Moraes, ele se tornou alvo preferencial de comícios como os programados para o próximo dia 7. Há uma motivação extra: em agosto de 2022, Moraes assume o Tribunal Superior Eleitoral, e vai presidir a eleição da qual Bolsonaro planeja sair reeleito.

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