Perícia aponta que obra de arte apreendida em Porto Alegre não é peça roubada na Líbia em 1990

bailey aschimdt
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Objeto foi apreendido pela Polícia Federal em julho após informações da Interpol. Após laudo pericial, inquérito policial será concluído e a peça restituída ao seu proprietário. Peça encontrada não é a mesma roubada na Líbia em 1990
PF/Divugação
A Polícia Federal (PF) finalizou a perícia da obra de arte apreendida em Porto Alegre em 29 de julho e concluiu que ela não é a peça roubada de um museu na Líbia, em 1990, conforme informações repassadas pela Interpol.
Dois peritos criminais da PF de Brasília e de Curitiba realizaram os trabalhos na capital gaúcha. Em exame iconográfico — que consiste na análise comparativa das imagens da obra original com a peça apreendida —, foi avaliado que os detalhes, dimensões e demais características e peculiaridades não coincidem.
A solicitação de busca da obra de arte partiu da Interpol Trípoli, na Líbia, para o Escritório Central Nacional da Interpol no Brasil. Conforme a Secretaria Geral da Interpol, a escultura está inserida na base de dados da organização de obras furtadas ou roubadas.
É uma peça em mármore de uma cabeça humana, representando Esculápio (Head of Asclepius, em inglês), deus grego da cura, do período de 400 a.C.
Os peritos criminais ainda coletaram microvestígios da peça apreendida para realização de exames de isótopos a serem executados no laboratório da PF na capital federal. Esse procedimento permitirá identificar aspectos geológicos da peça, como a origem geográfica da matéria-prima, entre outras informações que serão inseridas no banco de dados da Polícia Federal sobre obras de arte.
Após a expedição do laudo pericial, o inquérito policial será concluído e a peça restituída ao seu proprietário.
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