Ser referência em casos de trauma exige empenho e dedicação, mantendo um corpo técnico de profissionais de primeira linha. Outro desafio é investir em equipamentos e inovação. É com a meta de ampliação da estrutura física – envolvendo recursos na ordem de R$ 140 milhões – que o Hospital de Pronto Socorro (HPS) chega na sexta-feira, 19, ao aniversário de 80 anos.
O prefeito Sebastião Melo afirma que o HPS é referência no atendimento de queimados, acidentes e tantos outros desafios diários que as famílias enfrentam.
“Falar em HPS é falar em amor para salvar vidas. Os porto-alegrenses e gaúchos têm muito carinho por este equipamento público, que funciona diariamente sem fechar e negar atendimento gratuito a ninguém. Seguimos trabalhando por melhorias, investimentos e na expansão deste patrimônio tão querido da nossa Capital” – Prefeito Sebastião Melo.
“A importância dessas oito décadas de existência vai muito além do atendimento médico. O HPS é um hospital especialista na resolutividade dos mais complexos casos, e cada um dos profissionais luta diariamente para salvar inúmeras vidas”, avalia o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.
A diretora-geral da instituição, Tatiana Breyer, destaca que o maior desafio, hoje, é o custeio da obra do novo anexo, a ser erguido na avenida José Bonifácio, que prevê estrutura de até oito andares e 11 mil metros quadrados. “Contamos com a campanha de arrecadação de fundos para a obra e devemos ter acesso a recursos de emendas parlamentares, além da participação da sociedade e de empresários”, aposta Tatiana.
Haverá, ainda, investimento dos entes públicos federativos – União, Estado e Município. “O município acaba ficando com boa parte da conta, já que o hospital custa aproximadamente R$ 17 milhões por mês, e a prefeitura sozinha banca mais de 50% desse custeio”, completa.
Trauma e queimados – Conforme a diretora, ser referência em traumatologia é uma responsabilidade enorme. “O atendimento de uma pessoa politraumatizada precisa do olhar de vários especialistas. Os acidentes de moto são exemplos claros disso, e oferecer tais especialidades em prontidão é extremamente importante e faz com que as pessoas tenham um atendimento muito complexo num espaço curto de tempo”, explica Tatiana.
No mesmo caminho, a referência no atendimento de pessoas com queimaduras foi se construindo há muito tempo, bem antes do caso da Boate Kiss. A pessoa queimada tem uma série de lesões que precisam ser tratadas antes da questão da pele. Só depois de estar clinicamente estável é que o paciente pode ir para o bloco cirúrgico. “A expertise, o manejo desses casos de queimados é uma especialidade da cirurgia plástica que nós sabemos lidar muito bem, temos um serviço que funciona 24 horas”, finaliza a gestora.
“O HPS é uma instituição que atende a todos, inclusive aqueles que têm planos de saúde. É ali que será prestado o primeiro socorro para que depois a pessoa seja encaminhada ao hospital, caso possua algum convênio”, diz o diretor-executivo da fundação, Gustavo Gomes Júnior. “Diante disso, entendemos que quanto mais bem equipado e instrumentalizado estiver o hospital, melhor será o atendimento aos pacientes e acompanhantes, é para isso que trabalhamos.”