Mesmo com queda de 1,02%, Cesta Básica em Porto Alegre é a segunda mais cara do país

bailey aschimdt
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Em junho, cesta custou R$ 773,56 na capital; oito dos treze produtos pesquisados tiveram redução de preço

A Cesta Básica de Porto Alegre registrou queda de 1,02% em junho de 2023, passando a custar R$ 773,56, de acordo com levantamento do Dieese. Dos 13 produtos pesquisados, oito registraram redução de preço: banana (-6,95%), tomate (-6,78%), óleo de soja (-3,23%), feijão (-2,56%), carne (-1,73%), café (-0,84%), arroz (-0,39%) e farinha de trigo (-0,21%). Por outro lado, quatro itens ficaram mais caros: a batata (28,46%), o açúcar (2,65%), a manteiga (1,52%) e o pão (0,22%). O leite foi o único item a ficar estável (0,00%).

Mesmo com a redução de preço, Porto Alegre se mantém como a segunda capital com cesta básica mais cara do país. A mais cara é a de São Paulo, custando R$ 783,05.

De janeiro a junho de 2023, a cesta registrou variação de 1,04%. Nove itens apresentaram alta: o leite (16,81%), o feijão (14,05%), a batata (9,87%), o arroz (9,36%), o pão (3,94%), o açúcar (3,56%), a manteiga (2,29%), a carne (1,19%) e o tomate (0,73%). Em sentido contrário quatro ficaram mais baratos: o óleo de soja (-26,26%), a banana
(-15,66%), o café (-4,84%) e a farinha de trigo (-3,51%).

No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta registrou variação de 2,57%. Foram registradas elevações em oito dos 13 produtos da cesta: o tomate (17,15%), a manteiga (15,19%), o arroz (13,97%), o pão (8,21%), a batata (6,03%), o açúcar (2,88%) a farinha de trigo (0,99%), e o feijão (0,37%). Cinco itens ficaram mais baratos: o óleo de soja (-36,84%), o café (-5,66%), o leite (-5,09%), a banana (-3,71%) e a carne (-0,06%).

Custo da cesta diminuiu em 10 capitais
O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 10 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza
mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre maio e junho de 2023, as quedas mais importantes ocorreram em Goiânia (-5,04%), Brasília (-2,29%) e
Vitória (-2,08%). As altas foram observadas em Recife (5,79%), Natal (5,00%), João Pessoa (4,12%), Aracaju (2,41%), Campo Grande (0,84%), Florianópolis (0,84%) e
Salvador (0,26%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 783,05), seguida de Porto Alegre (R$ 773,56), Florianópolis (R$ 771,54) e do
Rio de Janeiro (R$ 741,00). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 567,11),
Salvador (R$ 595,84) e João Pessoa (R$ 604,89).

Salário mínimo deveria ser de R$ 6,5 mil
Custando R$ 773,56, a cesta representa 63,35% do salário mínimo, que é de R$ 1.320. De acordo com o levantamento, a jornada de trabalho necessária para comprar a cesta básica, de 128 horas e 56 minutos, em Porto Alegre.

Segundo o Diesse, no país, o Salário Mínimo Necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.578,41, o que representa 4,98 vezes o valor atual. Em maio, o valor necessário era de R$ 6.652,09 e correspondeu a 5,04 vezes o piso mínimo.

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