Manifestações, feriado nos EUA, IPCA e reunião do BCE: o que acompanhar nesta semana

bailey aschimdt
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SÃO PAULO – Após uma virada de mês bastante conturbada, os investidores terão alguns dias para descansar, o que não significa que o ambiente nos negócios ficará mais tranquilo.

Os próximos dias contarão com dois feriados, o primeiro nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (6) quando é comemorado o dia do Trabalho, que deixará Wall Street fechado, o que deve reduzir bastante a liquidez dos negócios no Brasil.

A segunda também deve ser mais vazia por aqui porque na terça-feira (7) é feriado de Independência do país, que fará com que a B3 não tenha operação. Por outro lado, sempre é importante o investidor ficar atento aos ADRs das empresas brasileiras negociados em Nova York, que podem dar uma indicação da reabertura da Bolsa na quarta.

Porém, dessa vez um outro fator pode fazer com que o mercado tenha um movimento mais “imprevisível”: as manifestações marcadas para 7 de setembro.

Os eventos chamam atenção em meio ao clima de tensão institucional agravado nas últimas semanas pelos embates entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF). Na sexta, Bolsonaro afirmou que o 7 de setembro será um ultimato para duas pessoas do Supremo, sem citar nomes.

“Se alguém quiser jogar fora das quatro linhas da Constituição, mostraremos que também podemos jogar”, disse ele. Há também uma tensão sobre possíveis encontros entre grupos pró e conta o governo, que pode gerar confusão.

No campo político, nos próximos dias o projeto que altera as regras do Imposto de Renda deve ser enviado ao Senado após ter sua aprovação na Câmara na quinta passada. Segundo diversos jornais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, resiste ao projeto, que também é criticado por Estados diante do receio de perdas de receita.

Agenda de indicadores

Do lado dos indicadores, a semana será mais tranquila, principalmente por conta dos feriados. No Brasil, o principal destaque fica para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (9).

Para a equipe de análise do Bradesco, a expectativa é que a inflação tenha alta de 0,69% em agosto. “Acreditamos que agosto e setembro devam representar o pico da alta dos preços nessa métrica e que, a partir daí, a descompressão das commodities e dos bens industriais se somarão aos efeitos do ajuste na política monetária, favorecendo a desaceleração da inflação”, avaliam os analistas.

A semana ainda contará com o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), na quarta (8), além do dado de vendas no varejo, na sexta (10).

No exterior, diante da agenda mais fraca, atenções se concentrarão na zona do Euro. Na terça será conhecida a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, enquanto na quinta ocorre a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Por fim, há ainda a divulgação do Livro Bege nos Estados Unidos, na quarta, que deve ajudar a medir a temperatura da maior economia e seu ritmo de recuperação.

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