Ações de bancos caem após aprovação da reforma do IR na Câmara; OceanPact sobe 5% após acordo com a Petrobras

bailey aschimdt
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SÃO PAULO – Ao contrário das últimas sessões, as ações de Vale (VALE3) e siderúrgicas tiveram um início de pregão relativamente tranquilo nesta quinta-feira (2).

Por outro lado, as ações de bancos, como Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) caem entre 2% e 4%. Os papéis repercutem, assim como outros setores, a aprovação do texto base da reforma do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados (veja mais clicando aqui).

No caso dos bancos, foi estabelecida uma queda de 15% para 14% na alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), menor do que a prevista anteriormente, de 1,5%.

O relatório da proposta do IR foi modificado de Celso Sabino (PSDB-PA) passou por 397 votos a 77. As principais diretrizes da reforma permanecem: criar imposto sobre dividendos, reduzir o imposto de renda para empresas e pessoas físicas. Os juros sobre o capital próprio (JCP) estão extintos, na proposta.

Os deputados optaram por reduzir Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ) de 15% para 8% –empresas grandes pagam 10 pontos percentuais a mais. Além disso, estabeleceram alíquota sobre lucros e dividendos em 20%, mas que deve ser reduzida para 15% nas votações separadas. Votados os destaques, o projeto segue agora para o Senado.

Ações de estatais registram perdas, com destaque para a Eletrobras (ELET3;ELET6), enquanto Petrobras (PETR3;PETR4) tem leve baixa. Na véspera, o Senado também aprovou uma medida de mudanças nos planos de saúde das estatais.

Nos cálculos da área econômica, a reviravolta pode impactar em: R$ 387,4 milhões na Caixa/CEF; R$ 274,5 milhões na Petrobras; R$ 267,4 milhões no BB; R$ 219,9 milhões nos Correios (ECT); R$ 182,2 milhões na Eletrobras e R$ 69,2 milhões no Serpro. Saiba mais clicando aqui.

Já do lado positivo, fora do índice, a OceanPact (OPCT3) avança cerca de 5% após ter fechado quatro contratos com a Petrobras sendo dois para afretamento de embarcações RSV e dois de prestação de serviços de ROV nas embarcações.

Confira os destaques:

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras  informou nesta quinta-feira que avalia os impactos financeiros da alteração sobre a coparticipação da empresa no custeio dos planos de saúde dos funcionários, aprovada na véspera por decreto legislativo do Senado.

A empresa não divulgou valores, mas em notas explicativas do balanço do quarto trimestre de 2020 havia reconhecido um ganho de R$ 13 bilhões que ajudou no lucro daquele período e agora pode ser revertido, diante da nova regra aprovada pelo Senado.

Na noite de quarta-feira, o Senado aprovou decreto que susta os efeitos da Resolução CGPAR nº 23, norma que vigorava desde 26 de janeiro de 2018 e estabelecia, dentre outros temas, diretrizes e parâmetros para o custeio das empresas estatais federais sobre benefícios de assistência à saúde aos empregados.

Com o decreto, a proporção 60%/40% do custeio do plano de saúde, pagos pela companhia e funcionários, respectivamente, será mantida e permanecerá durante a vigência do atual acordo coletivo ou até novo ajuste entre as partes, disse a Petrobras.

Na negociação do acordo coletivo 2020-2022, a proporção do custeio do plano de saúde havia sido alterada de 70% dos gastos cobertos pela companhia e 30% pelos beneficiários titulares para 60%/40% (companhia e empregados), a partir de 1 de janeiro deste ano.

OceanPact (OPCT3)

A OceanPact comunicou ter fechado quatro contratos com a Petrobras (PETR3;PETR4), sendo dois para afretamento de embarcações RSV e dois de prestação de serviços de ROV nas embarcações.

“O backlog consolidado de cada conjunto de embarcação e serviço de ROV é de , respectivamente, R$387,5 milhões e R$ 405,9 milhões, sendo 59,7% e 59,4% em dólar”, aponta o comunicado.

Vittia (VITT3)

A ação da Vittia estreia na B3 nesta quinta-feira, após ter o preço por ativo fixado em R$ 8,60 em oferta restrita. A companhia atua na área de defensivos biológicos e fertilizantes especiais.

O IPO movimentou R$ 359 milhões, com cerca de 15% desse valor sendo destinado ao caixa, com o objetivo de realizar aquisições estratégicas.

Taesa (TAEE11)

A transmissora de energia elétrica Taesa iniciou nesta quarta-feira a operação do empreendimento de transmissão Janaúba, que liga as regiões Nordeste, que tem batido recordes de geração eólica e solar, e Sudeste, principal centro de consumo elétrico do país, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A inauguração, quase seis meses antes do previsto, ocorre em momento importante para reforçar a robustez do sistema, enquanto o governo trabalha para garantir o abastecimento de energia do país, diante da maior crise em mais de 90 anos em reservatórios de hidrelétricas, principal fonte geradora do país.

O empreendimento conecta os Estados de Minas Gerais e Bahia, com extensão de 542 km de linha. O projeto compreende as linhas de transmissão de Bom Jesus da Lapa (BA)-Janaúba (MG) e Janaúba-Pirapora (MG), ambas de 500 kV, e três subestações de 500 kV distribuídas em cada uma das cidades.

Omega (OMGE3)

A elétrica Omega Energia fechou acordo com o Grupo Heineken para a implementação de ativos de geração renovável no Nordeste, visando o fornecimento de eletricidade para atendimento a 100% do consumo de 13 cervejarias e nove centros de distribuição no Brasil, informou a empresa nesta quarta-feira.

Segundo a Omega Energia, que fechou o acordo por meio da Omega Desenvolvimento, a operação deve acarretar uma redução de 270 mil toneladas de emissões de gás carbônico na atmosfera. O contrato prevê fornecimento de energia por um período de dez anos.

BRF (BRFS3)

A companhia de alimentos BRF concluiu nesta quarta-feira, por meio da subsidiária BRF Pet, a aquisição das empresas de ração para pets Mogiana Alimentos e Grupo Hercosul por R$ 1,35 bilhão, segundo fato relevante.

A BRF havia divulgado as operações no final de junho, mas sem detalhar os valores envolvidos. A empresa passará a ter uma fatia de cerca de 10% no mercado de “pet food” do Brasil, segundo maior país em vendas do setor do mundo.

Kora Saúde (KRSA3)

A Kora Saúde informou que a Ilha do Boi Participações, controlada da companhia, celebrou contrato de compra e venda de quotas para a aquisição de, no mínimo, 75% das quotas representativas do capital social da Angiocardis.

O  preço de aquisição de R$ 7,1 milhões, sendo R$ 5,6 milhões no fechamento da Operação e R$ 1,5 milhão em até 5 anos.

Oncoclínicas (ONCO3)

A Oncoclínicas  concluiu a compra da totalidade do Centro Brasileiro de Radioterapia Oncologia e Mastologia, o CEBROM. O valor estipulado foi de R$ 190,5 milhões, com estimativas de sinergias em R$ 25 milhões para 2022.

“Esta aquisição representa um importante avanço para o Grupo Oncoclínicas na estratégia de consolidação do mercado de oncologia clínica na região Centro Oeste do Brasil”, destacou a companhia.

Qualicorp (QUAL3)

A Qualicorp informou que obteve anuência da Agência Nacional de Saúde (ANS) para cisão parcial da Qualicorp Administradora.

Pague Menos (PGMN3)

A rede de farmácias Pague Menos informou seu guidance (projeção) de abertura de lojas, com projeção de ter 80 novas unidades, número que vai a 120 no final de 2022.

Segundo a empresa, as expectativas têm como base sua estratégia de expansão, capacidade financeira e capacidade de obter pontos comerciais atraentes, mas que pode haver alteração na percepção ou nos fatores mencionados, alterando as previsões.

BrasilAgro (AGRO3)

A BrasilAgro, companhia que atua na compra e venda de propriedades rurais e também na produção agrícola, reportou salto de 277% no lucro líquido do quarto trimestre da safra 2020/21, para R$ 127,9 milhões, com impulso do bom momento de preços que atravessa o setor apesar de uma quebra de safra por intempéries.

A companhia, que opera no Brasil, Paraguai e Bolívia, disse ainda que entra no novo ano-safra 2021/2022 “preparada para se beneficiar da conjuntura de câmbio e preços das commodities. Segundo a BrasilAgro, com os custos atuais, “esperamos que o bom nível de rentabilidade se mantenha na operação também para a 2021/22”.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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