Depoimento desta quarta na CPI vai mirar Barros e Precisa

bailey aschimdt
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Convocado a depor à CPI da Pandemia nesta quarta-feira, o advogado Marcos Tolentino da Silva é apontado pela investigação como sócio oculto da empresa FIB Bank, que forneceu uma garantia irregular para a Precisa Medicamentos na compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. O caso foi descrito pelo relator Renan Calheiros como uma “fraude monumental”.

O nome de Tolentino também é ligado ao deputado federal Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara e um dos investigados pela comissão. No seu depoimento, no último dia 12, afirmou que o depoente desta quarta é uma amigo pessoal, com quem se encontra em eventos de radiodifusão no país.

Dono da Rede Brasil de Televisão, Tolentino também tem uma empresa que é uma das acionistas da FIB Bank — que não é um banco —, a Pico de Juazeiro Participações. A outra, a MB Guassu Administradora de Bens Próprios, tem o mesmo número de telefone do escritório de advocacia dele em São Paulo.

Em um relatório de inteligência financeira enviado à CPI, Tolentino consta como “referência comercial da empresa”.

Esse mesmo documento sobre o FIB Bank aponta que “a movimentação havida em conta se apresenta acima da capacidade financeira comprovada pelo cliente, com aparente utilização para passagem de recursos de terceiros como forma de evitar possíveis bloqueios judiciais”.

O advogado terá muito o que explicar aos senadores.

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