Delação de Joel Malucelli revela corrupção na política paranaense

bailey aschimdt
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Homologados em maio de 2020, o acordo de delação firmado pelo empresário Joel Malucelli deu origem a procedimentos que seguem parados no Ministério Público do Paraná.

Em um anexo, o empresário — o sobrinho dele Rafael Malucelli e uma funcionária do grupo, Georgete, também integram a delação — cita negociação de propinas a Beto Richa e integrantes do governo do PSDB local — incluindo parentes do ex-governador –, descreve entrega de dinheiro vivo e relata acordos de empresas concorrentes com deputados da Assembleia Legislativa paranaense.

Em outros anexos, segundo o Ministério Público, Malucelli revela “crimes licitatórios e contra a administração pública” cometidos “ao longo de vários anos” por “agentes públicos estaduais e federais”.

O empresário recebeu uma pena de 15 anos de reclusão, sendo 1 ano e 6 meses de prisão no regime semiaberto diferenciado, com uso de tornozeleira e obrigação de recolhimento noturno durante a semana e integral nos fins de semana, além de prestação de trabalho comunitário de 22 horas por mês. Ele também recebeu uma multa de 7,5 milhões de reais e foi obrigado a fazer 40 horas de curso de reabilitação ético-profissional.

Pelo acordo, Rafael Malucelli recebeu uma pena de cinco anos, sendo um ano de prisão no regime semiaberto diferenciado, com uso de tornozeleira por seis meses e obrigação de recolhimento noturno durante a semana e integral nos fins de semana, além de prestação de trabalho comunitário de 22 horas por mês. Ele também recebeu uma multa de 125.000 reais e foi obrigado a fazer 40 horas de curso de reabilitação ético-profissional.

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