Apontado como lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Faria foi convocado para depor na CPI da Pandemia nesta quinta-feira, mas os senadores vão acordar sem saber se ele comparecerá à comissão. Na tarde desta quarta, ele informou que foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, por causa de uma dor pélvica.
À noite, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, afirmou que o médico que concedeu o atestado usado pelo depoente voltou atrás e disse que cancelaria o documento., por ter percebido o paciente simulou a doença.
O fato é que, se aparecer no Senado, Marconny deverá enfrentar uma fritura em fogo alto no seu interrogatório. A CPI dispõe de milhares de mensagens de WhatsApp trocadas por ele, que constam de uma investigação do MPF do Pará, e envolvem desde agentes do Ministério da Saúde até o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan.
Caso o suposto lobista não apareça, a CPI deixou de sobreaviso o o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho, que foi preso na Operação Falso Negativo e também tem um depoimento bastante aguardado por conta das suas relações com a Precisa.