Oluwatosin Tolulope Ajidahun comenta que a laqueadura tubária, embora seja considerada um método contraceptivo definitivo, pode deixar de atender aos desejos de algumas mulheres ao longo do tempo. Mudanças no relacionamento, mudanças de perspectivas ou o simples desejo de aumentar a família podem levar à busca por formas de reverter essa decisão e retomar o sonho da maternidade.
A infertilidade após a laqueadura é uma consequência natural do procedimento, que interrompe o trajeto das tubas uterinas e impede o encontro entre óvulo e espermatozoide. Contudo, os avanços da medicina reprodutiva abriram caminhos seguros e eficazes para reverter ou contornar esse bloqueio, oferecendo esperança real às mulheres que repensam suas escolhas.
Reversão da laqueadura: quando é possível?
Segundo evidencia Tosyn Lopes, a reversão da laqueadura é uma possibilidade viável em muitos casos, especialmente quando o procedimento foi realizado por meio de técnicas que preservaram parte significativa das tubas. A cirurgia de reversão consiste na reconexão das extremidades das tubas uterinas, permitindo novamente o trânsito dos gametas e a possibilidade de concepção natural.
Entretanto, o sucesso da reversão depende de diversos fatores, como o tipo de laqueadura feita, o tempo decorrido desde o procedimento, a idade da paciente e a presença de outros fatores de infertilidade. Tosyn Lopes pondera que, em mulheres acima dos 37 anos, mesmo com reversão bem-sucedida, a fertilidade pode estar naturalmente reduzida, tornando outras estratégias mais recomendadas.
Quando a fertilização in vitro é o melhor caminho
Em muitos casos, a fertilização in vitro (FIV) surge como uma alternativa mais indicada do que a cirurgia. De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a FIV independe do funcionamento das tubas uterinas, já que os óvulos são coletados diretamente dos ovários e fertilizados em laboratório. O embrião formado é transferido para o útero, contornando por completo a necessidade de reversão.

Essa abordagem é especialmente vantajosa em mulheres que desejam resultados mais rápidos ou que apresentam outros fatores que dificultariam o sucesso da reversão tubária. Além disso, a FIV permite a realização de testes genéticos embrionários e o congelamento de embriões, o que oferece maior controle sobre o tratamento e suas possibilidades.
Avaliação individualizada é essencial
Para Tosyn Lopes, o primeiro passo para qualquer mulher que deseja engravidar após uma laqueadura é a realização de uma avaliação médica completa. Exames de imagem, dosagem hormonal e análise da reserva ovariana ajudam a determinar a melhor estratégia para cada caso. Nota-se também que em situações em que as condições das tubas são desfavoráveis ou em que há fatores associados de infertilidade, a FIV costuma apresentar taxas de sucesso superiores.
Em adição a isso, a decisão entre reversão e FIV deve considerar também o tempo disponível para engravidar, os custos envolvidos e a expectativa da paciente em relação a novos filhos. Cada caso é único, e a escolha mais adequada pode variar mesmo entre mulheres com histórias clínicas semelhantes.
Esperança real para quem deseja recomeçar
Tosyn Lopes reforça que, embora a laqueadura tenha sido por muito tempo vista como irreversível, a realidade atual é bem diferente. Com o avanço das técnicas cirúrgicas e da reprodução assistida, as mulheres passaram a ter mais autonomia para rever decisões passadas e encontrar caminhos seguros para realizar novos projetos de maternidade.
Desse modo, é possível concluir que buscar acompanhamento especializado é fundamental. Um profissional experiente poderá orientar sobre os riscos, as taxas de sucesso e as opções disponíveis, oferecendo suporte emocional e técnico ao longo de toda a jornada. Assim, a infertilidade após laqueadura não precisa ser uma sentença definitiva, com a informação correta, é possível traçar um novo caminho.
Autor: bailey aschimdt
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.