Em reunião realizada nesta última terça-feira (16/4) com representantes do ecossistema de inovação gaúcho, a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) iniciou uma ampla discussão sobre os ambientes de inovação do Estado. O objetivo foi coletar informações sobre os principais desafios enfrentados por gestores da área. As contribuições servirão de base para a construção de uma nova política pública estadual focada no apoio a esses ambientes.
A titular da Sict, Simone Stülp, fez uma contextualização inicial sobre o histórico dos ambientes de inovação no Rio Grande do Sul, recuperando políticas públicas lançadas a partir de 2009, como os programas de polos tecnológicos, de incubadoras e de parques tecnológicos.
“A estratégia dos ambientes de inovação vem de décadas, com diferentes nomes. A proposta sempre foi avançar o desenvolvimento do Estado por meio das potências das diferentes regiões”, explicou a secretária. “Temos que aproveitar este momento de convergência, em que todo mundo está trabalhando na mesma direção, para expandir ainda mais as nossas fronteiras”, complementou.
Na sequência, o diretor de Ambientes de Inovação da Sict, Everaldo Daronco, conduziu uma dinâmica de brainstorming com os representantes dos ambientes de inovação, que participaram de forma presencial e on-line. “Estamos começando a criar um arcabouço de ideias e definições para um novo programa, mas precisamos definir objetivos claros. Quais são os principais desafios para os ambientes de inovação hoje?”, questionou.
Para Silvio Bitencourt, gestor-executivo do Tecnosinos, parque tecnológico da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), uma das maiores dificuldades hoje é a internacionalização, tanto dos ambientes em si quanto dos negócios abrigados neles. Ele também apontou a necessidade de mecanismos de incentivo para que mestres e doutores possam empreender.
O diretor do Oceantec – Parque Científico e Tecnológico da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Artur Gibbon, apontou como prioridade a capacitação e o desenvolvimento das equipes dos ambientes de inovação. “Já houve momentos para focar na infraestrutura e nos equipamentos, mas agora precisamos pensar nas equipes. Temos cada vez mais ambientes novos, então nosso olhar deve se voltar para a gestão deles”, frisou.
A presidente da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), Daniela Eckert, apresentou a ideia de um banco de talentos. “Temos uma dificuldade gigantesca para contratar pessoas que entendam até mesmo o nosso linguajar”, destacou.