O Hospital Conceição encerrou inscrições a quem queria se vacinar contra o coronavírus

bailey aschimdt
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O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) abriu na quinta-feira passada (8) o pré-cadastramento de voluntários de interessados na participação em estudos de vacinas contra a Covid-19, em colaboração com outras instituições de pesquisa. No sábado (10) a instituição decidiu encerrar o período de inscrições, em apenas dois dias, porque mais de 4 mil voluntários demonstraram interesse em participar do ensaio da vacina criada pelo laboratório belga Janssen Pharmaceuticals.

A manifestação não é garantia de participação em estudos futuros, pois deverão ser analisados os critérios de inclusão e exclusão específicos para cada projeto específico. Os dados serão utilizados apenas para facilitar o contato com os possíveis voluntários. As informações fornecidas através do formulário ficarão armazenadas e mantidas sob sigilo e após serão descartadas.

Conforme o diretor-presidente do GHC, Cláudio Oliveira, com isso, fica disponível para que os empregados interessados façam seu pré-cadastro. “A Diretoria do GHC, como apoiadora desta pesquisa, está divulgando pelo e-mail dos empregados o acesso ao formulário”, disse ele.

Obrigatoriedade

Uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, divulgada no último sábado (10), indica que mais de 70% da população de quatro capitais brasileiras concorda que uma eventual vacina contra a Covid-19 seja obrigatória no país. O levantamento ouviu 3.092 pessoas no Rio e em São Paulo, Belo Horizonte e Recife e também concluiu que pelo menos 75% delas pretendem se imunizar logo que uma fórmula capaz de bloquear a infecção pelo novo coronavírus estiver disponível no país.

De acordo com o Datafolha, jovens de 16 a 24 anos se mostram mais dispostos a se vacinar do que pessoas com mais de 60 anos, que compõem o grupo de risco da Covid-19. A diferença varia de 6%, no caso de Rio e Belo Horizonte, até 15%, em Recife. São Paulo fica no meio do caminho, com 10%.

O grupo amostral foi dividido em 1.092 eleitores em São Paulo, 900 no Rio, 800 na capital mineira e outros 800 em Recife entre os dias 5 e 6 de outubro. A margem de erro, segundo o instituto de pesquisa, é de 3%.

No geral, a obrigatoriedade da imunização angariou maior suporte por parte dos eleitores do Rio (77%). Em Belo Horizonte, o índice fica logo atrás, com 76%. Recife (73%) e São Paulo (72%) completam a lista. Já a maior disposição para se vacinar foi identififcada em Belo Horizonte: 81% dos eleitores disseram ter a intenção de se imunizar, seguidos de 80% no Rio, 79% em São Paulo e 75% no Recife.

Homens e mulheres mostraram disposições distintas de acordo com as capitais. Eleitoras demonstraram maior pretensão para se vacinar em Belo Horizonte: são 83%, frente aos 80% dos eleitores que sinalizaram no mesmo sentido. A diferença está dentro da margem de erro, bem como no Rio e em São Paulo, onde homens formaram maioria a favor da imunização (82% e 81%, respectivamente, frente aos 77% e 71% das mulheres nas duas cidades).

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